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2012 - Livro Vermelho 2013

Eleocharis olivaceonux D.A.Simpson EN

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 10-12-2013

Criterio: B1ab(ii,iii)+2ab(ii,iii)

Avaliador: Rodrigo Amaro

Revisor: Luiz Santos

Analista(s) de Dados: Rodrigo Amaro

Analista(s) SIG: Marcelo, Thiago

Especialista(s): Ana Paula Prata


Justificativa

Espécie herbácea, é endêmica do estado da Bahia (Alves, 2009; Alves et al., 2013), sendo encontrada no bioma Cerrado, em Campos Rupestres sobre solo úmido (Alves, 2009). Possui EOO menor que 5.000 km², AOO menor que 500 km² e está sujeita a menos de cinco situações de ameaça em função de suas localidades de ocorrência. Apesar de ocorrer no Parque Nacional da Chapada Diamantina e Parque Estadual do Morro do Chapéu (CNCFlora, 2013), suspeita-se que sofra com o declínio contínuo de AOO, além de perda da extensão e qualidade do hábitat, em consequência das ameaças incidentes como o aumento da frequência de queimadas, implementação de atividades agrícolas (Lobão, 2006) e turismo desordenado (MMA/ICMBio, 2007).

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Eleocharis olivaceonux D.A.Simpson;

Família: Cyperaceae

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Espécie descrita em Kew Bull. 48(4): 705. 1993.

Distribuição

A espécie é endêmica do Brasil, ocorrendo no estado da Bahia (Alves et al., 2013), nos municípios de Rio de Contas, no Pico das Almas (Alves et al., 2009), e no município de Morro do Chapéu, na rodovia BR-052 em direção a Mundo Novo (R.M. Harley 19219).

Ecologia

Erva perene, anfíbia, cespitosa, com cerca de 20 cm de altura. Ocorre em solos úmidos de Campos Rupestres. Reprodução vegetativa por estolões (Alves et al., 2009).

Reprodução

Encontrada com flores e frutos de dezembro a março (Alves et al., 2009).

Ameaças

9.4 Garbage & solid waste
Detalhes Lixo residencial e comercial são jogados de forma irresponsável no Morro do Chapéu (ACV de Morro do Chapéu – Bahia, 2011), em vários pontos turísticos.

7.1.1 Increase in fire frequency/intensity
Incidência regional
Severidade high
Detalhes Na região de Campo Rupestre do Morro do Chapéu, é comum a queimada da vegetação no período que precede a temporada de chuvas para que as gramíneas floresçam e possam ser utilizadas como pastagem (Lobão, 2006). Anualmente ocorrem focos de incêndios florestais em biomas do estado da Bahia, mais especificamente na Caatinga, Cerrado, extremo sul e região da Chapada Diamantina. Estes fenômenos são ameaças constantes à biodiversidade (http://www.meioambiente.ba.gov.br/conteudo.aspx?s=EAPBF&p=EDU_AMBI). Ocorrem de maneira natural, geralmente ocorrem devido a relâmpagos e têm características de localização bem definida, geralmente nos cumes das serras e locais de difícil acesso, não chegam a 1% das ocorrências e geralmente são extintos pela chuva. Porém os incêndios na região são predominantemente de origem antrópica, com motivações variadas: o uso do fogo está ligado a quase todas as atividades tradicionais da região, econômicas ou não, inclusive no interior do Parque Nacional da Chapada Diamantina (PNCD). Utilizado sem as devidas precauções, o fogo trás grandes problemas para toda a região (MMA/ICMBio, 2007).

2.1.4 Scale Unknown/Unrecorded
Incidência local
Severidade medium
Detalhes Além das queimadas realizadas para a formação de pastagens no Morro do Chapéu, os impactos da pecuárias estão relacionados com o pastejo, que não é sustentados pelos Campos Rupestres, recobertos por afloramentos e solos rasos, arenosos e pobres em nutrientes, que acabam sendo levados à exaustão (Lobão, 2006).

2.1.4 Scale Unknown/Unrecorded
Incidência local
Severidade medium
Detalhes A agricultura é também uma das fontes de renda do município do Morro do Chapéu, tanto em cultivos permanentes quanto temporários. Este últimodegradam intensamente o ambiente (Lobão, 2006).

1.3 Tourism & recreation areas
Incidência regional
Severidade low
Detalhes O turismo é uma importante atividade econômica na região da Chapada Diamantina, com grande importante fonte geradora de emprego e renda para a população local. Entretanto, o IBAMA não tem provido o PNCD de meios para que ele consiga se organizar para controlar a visitação e alguns problemas têm surgido e dificultado a sua gestão, tornando-a uma atividade conflitante e que requererá muitos esforços para o seu controle e manejo (MMA/ICMBio, 2007).

Ações de conservação

1.1 Site/area protection
Situação: on going
Observações: A espécie ocorre na localidade de de Pico das Almas, localizada no Parque Parque Nacional da Chapada Diamantina e também no município de Morro do Chapéu, que conta com o Parque Estadual de Morro do Chapéu (Lobão, 2006)

Referências

- Alves M., Araújo, A.C.; Vitta, F. Cyperaceae. In: Giulietti, A. M.; Rapini, A.; Andrade, M. J. G.; Queiroz, L. P. de; Silva, J. M. C. D. (Eds.). Plantas Raras do Brasil. Belo Horizonte: Conservaçao Internacional; Univesidade Estadual de Feira de Santana, 2009. 496p.

- Alves, M.; Araújo, A.C.; Hefler, S.M.; Trevisan, R.; Silveira, G.H.; Luz, C.L. 2013. Cyperaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB100

- MMA/ICMBio. 2007. Plano de Manejo para o Parque Nacional da Chapada Diamantina – Versão Preliminar. Disponível em: <http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/imgs-unidades-coservacao/parna_chapada_diamantina.pdf>. Acesso em 03 setembro 2013.

Como citar

CNCFlora. Eleocharis olivaceonux in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Eleocharis olivaceonux>. Acesso em .


Última edição por Lucas Moulton em 20/11/2014 - 16:54:04